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quinta-feira, 27 de abril de 2023

Andragogia corporativa – Um novo momento para reavaliação

E agora, como estamos?

O artigo a seguir tem a pretensão de servir como estímulo aos interessados em Andragogia Corporativa para uma introspecção sobre o tema.

Eu utilizo um artigo meu antigo no qual exponho a entrevista que concedi para um acadêmico em 8 de dezembro de 2010, para o seu trabalho sobre Andragogia Empresarial do curso de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em outras palavras, trabalhando agora com as perguntas daquela entrevista e com as minhas respostas dadas à época, convido você a refletir sobre a questão e, se assim entender, fazer seus comentários, os quais enriquecerão sobremaneira o nosso eterno aprendizado.

 

1. O que o andragogo faz na contemporaneidade? Qual a sua relação com o pedagogo nos tempos de hoje?

Utilizando o termo “andragogo” como referência àqueles que se dedicam de forma científica à formação de adultos, ele – o andragogo – busca, principalmente, identificar o novo perfil dos seus aprendizes para atuar de forma realmente efetiva. Isto porque os aprendizes de ontem são diferentes dos de hoje.

Os valores mudam e os interesses também. Novas “tribos” surgem, trilham novos caminhos e navegam por “não-lugares” (é esse mesmo o termo) que também temos de conhecer e saber transitar.

A grande rede, a Internet, é o melhor exemplo, onde os povos estão em grupos de “Yahoo”, em “Orkut”, “Messenger”, no “Linked In” e “Facebook”. E são nômades! O “ICQ”, que reunia várias pessoas no passado, não as abriga mais em mesmo número que se transferiu para outros não lugares. E lá está o nosso público alvo. Público que precisamos de fato conhecer para poder realizar um trabalho de aprendizado realmente valoroso.

Platão, Jesus e outros grandes nomes da história da andragogia estariam hoje buscando identificar novos lugares – e até não lugares - para pregar seus ensinamentos, bem diferentes daqueles que usaram no passado e estariam usando novos argumentos para mostrar os benefícios de suas palavras para aqueles seus aprendizes. Um pergunta ainda continua viva em todos os tempos na mente do andragogo: “Em quais lugares e não lugares o meu povo caminha e o que a eles interessa atualmente?”. Em outras palavras, o que fazemos é – sempre – buscar entender o adulto e seus interesses.

O que há de “novo” é que existe um sistema nos tempos atuais que necessita da andragogia. Neste sistema, uma das veias é o treinamento corporativo, já reconhecido com uma ferramenta que decide o sucesso de empresas. O investimento em treinamento de adultos, feito por organizações, tem-se mostrado com uma ótima relação custo benefício, mesmo quando tudo isto é feito de forma voluntária pelo dono do negócio.

Outra veia, cujo volume de tráfego aumenta de forma geométrica é a da Educação à Distância, onde a andragogia tem, realmente, feito a diferença estimulando os aprendizes em um ambiente inóspito para muitos.

A relação com a pedagogia para o andragogo tem de ser extremamente afinada, uma vez que a verdade não está em um só lugar e vários métodos da pedagogia podem e devem ser empregados para obtenção de resultados.

 

2. Você acha que está havendo um ressurgimento da andragogia?

A andragogia não está ressurgindo, mas passa a ser considerada por outros segmentos da sociedade que antes não a levavam tanto em conta. O segmento corporativo e o religioso são bons exemplos. O segmento universitário infelizmente e ao contrário do que poderíamos esperar vai à contramão. Diferente da visão de negócio, característica do mundo corporativo, que investe na formação do seu capital humano em nome da sua sobrevivência e sucesso; diferente da visão religiosa, característica das várias modalidades de igrejas, que investe na multiplicação de adeptos, o segmento universitário se restringe em muito à visão pedagógica no aprendizado de seus acadêmicos. Quantas empresas você conhece que têm crescido através do investimento na formação dos seus adultos? Quantas religiões têm aparecido e crescido porque seus representantes sabem dos interesses de seus seguidores? O outro lado da moeda também nos ensina. Quantas empresas estão pensando em investir – ou investir mais ainda em seus treinamentos corporativos? Você já teve notícia de igrejas cujos representantes mudaram paradigmas fortes, em nome da mudança do modo de pensar das sociedades e de novos interesses e preocupações de seus seguidores?

A andragogia não está ressurgindo, mas sedimentando a sua posição como a ciência única e definitiva na formação dos adultos.


3. Qual é a necessidade de um andragogo em uma empresa?

Em poucas palavras, associar todo o programa de treinamento em função da missão e da visão da organização, mas do ponto de vista da Andragogia, onde o desenho de cada curso será elaborado considerando sobremaneira os interesses dos aprendizes.

“Mas o mais importante não é o interesse dos acionistas!?”

Os interesses dos acionistas já os conhecemos, porque são formalizados e divulgados às lideranças, assim como as metas e os resultados esperados. Para atingir tais objetivos se você precisa de uma pessoa ou de centenas delas, é preciso conhecer os interesses pessoais e profissionais de cada uma. Dá trabalho? Dá! Dá resultados? Dá!!!

Não esquecer que ter instrutores contratados não preparados à luz da andragogia é fazer desmoronar qualquer programa.

 

4. Você acha que a academia está preparada para suprir a demanda por andragogo nas empresas?

Este é um assunto polêmico e minha opinião a respeito provoca reações... Mas a academia que deveria ser a primeira a trabalhar com esta metodologia não a executa de fato, embora trabalhe com os conceitos há muito tempo. Daí, ter a capacidade de “fazer” profissionais de andragogia tornar-se muito difícil, do meu ponto de vista.

 

5. Será que a academia consegue formar andragogos prontos para o mercado?

Eu diria que a academia tem a obrigação de formar não somente para o mercado, mas para a sociedade. A academia é a geradora de mudanças e as mudanças entre adultos só ocorrem quando os convencemos dos benefícios que cada um terá com tais mudanças. Para isto, no entanto, a grande e primeira mudança terá de ocorrer na própria academia.

 

6. O que é preciso para se tornar um andragogo corporativo?

Gostar de entender as pessoas, seus anseios e reais necessidades; gostar de provocar mudanças vencendo grandes paradigmas; gostar de fazer exércitos de colaboradores proativos; saber perder... E recomeçar. Assim, existe como um exercício de casa, uma verdadeira bibliografia embutida nestas características.

 

7.  O que lhe inspirou a seguir nessa profissão?

As dificuldades e os fracassos em treinamento de pessoas que me conduziam ao espelho e me forçava a ver o “incompetente” na formação de pessoas; que faziam cabelos brancos aparecerem na minha cabeça por ver treinamentos elaborados com responsabilidade e com amor, não serem refletidos na prática. Não foram poucas as vezes nas quais vi, vivi e senti estas derrotas. Por outro lado, o prazer em estudar o complexo universo de cada um me fascinava demais.

8. Como você vê o futuro da área?

A sociedade corporativa está mudando e os indivíduos que a compõem também (são entidades diferentes). A andragogia será cada vez mais estudada e utilizada. É um caminho sem volta.

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E agora, como estamos?

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1. Palestra Andragogia Corporativa

Palestra de sensibilização


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2. Curso Andragogia Corporativa

Formação de Instrutores